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Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência (RJ)

A Rede de Comunidades e Movimentos contra Violência iniciou sua atuação na cidade do Rio de Janeiro no ano de 2004, a partir do protagonismo de familiares de vítimas fatais da violência do Estado nas favelas. Tendo se reunido inicialmente após a Chacina do Borel, em abril de 2003, a Rede contra Violência se organiza com o objetivo de denunciar a violência institucional, acolher e apoiar familiares de pessoas executadas pela polícia militar, pela polícia civil ou pelo exército, bem como familiares de pessoas privadas de liberdade ou vítimas de desaparecimento forçado. Desde as primeiras articulações, portanto, o grupo que compõe a Rede vem elaborando e atualizando estratégias para denunciar violações de Direitos Humanos, exigir justiça, reivindicar acesso à cidade e também para descriminalizar e legitimar junto à opinião pública em geral os esforços de moradoras e moradores de favelas contra a violência de Estado que os atinge.
Nesse trabalho, estamos em permanente contato com familiares de ambos grupos e moradores de favelas e periferias no estado do Rio de Janeiro, identificando e atendendo necessidades diversas em relação à saúde física e mental, condições de emprego, situação jurídica, bem como outros direitos.
Em sua configuração inicial, participaram da Rede contra Violência moradores das seguintes favelas: Acari, Borel, Caju, Jacarezinho, Manguinhos, Maré, Rocinha, Pedreira, Providência e Vigário Geral. Com o passar do tempo e o recrudescimento das políticas de segurança pública no Estado do Rio de Janeiro e demais estados do Brasil, o número de pessoas executadas sumariamente durante ações do Estado em favelas e periferias produziu consequentemente um aumento no número de familiares de vítimas – ampliando, portanto, não apenas o número de integrantes da Rede contra Violência, como também o número de favelas junto às quais a Rede atua.

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