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Mães da Maré (RJ)

Irone Santiago, 55 anos, é moradora da Maré há 55 anos, Bruna Silva tem 38 anos e Cláudia Oliveira, 46, as duas nasceram e moram no local. Em comum, tiveram a vida de seus filhos marcadas pela violência estatal. O filho de Irone, Vítor Santiago Borges, na época com 29 anos, ficou paraplégico após o carro onde estava com quatro amigos ser alvo de disparos realizados por militares das Forças de Pacificação que, naquele momento, em fevereiro de 2013, ocupavam vários pontos no conjunto de favelas da Maré. Em novembro de 2018, Cláudia perdeu o filho Jhonson Vinícius como desdobramento de incursão policial. Ele foi alvejado no tórax e socorrido por moradores; no hospital, o médico falou para a mãe que o filho estava fora de perigo. Por conta de uma pendência judicial de 2014, Jhonson foi enviado no dia seguinte para um hospital custodiado, poucos dias depois veio a falecer.  O filho de Bruna, Marcus Vinícius, de 14 anos, foi morto pela CORE, numa operação de revide pela morte de um inspetor da polícia civil ocorrida dias antes, em Acari. O tiro pegou a barriga de Marcus Vinícius no momento em que o menino caminhava para a escola com um amigo, em uma manhã, em junho de 2018. As três mulheres se uniram e formaram o coletivo Mães da Maré. Em 2018, estiveram no IV Encontro Nacional de Mães e Familiares de Vítimas do Estado, que aconteceu em Goiânia.

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